LA QUOTIDIENNE

n° 11 - mardi 20 juin 2000

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SOMMAIRE
- Editorial
- *De l'EEP-Developpement a l'Ecole Une*, par Marie-Helene Brousse
(Paris)
- *Mutualisme ou individualisme*, par Jesus Santiago (Belo Horizonte)
- *Pactes silencieux ou Conversation*, par Hebe Tizio (Barcelone)
- *Prajapati et la discretion*, par Alejandra Eidelberg (Buenos Aires)
- Actes de candidature
- Nouvelles
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EDITORIAL

5 nouvelles candidatures en provenance de l'EOL ; 3 propositions en
provenance de l'EEP (Section Developpement) ; 1 alternative proposee
depuis Belo Horizonte ; 1 autre depuis Barcelone ; et, a la fin, la
figure paradoxale d'un dieu du tonnerre qui serait discret. Il est
interessant de savoir que tout ce qui est ici publie, a l'exception du
texte de l'EEP, m'est parvenu hier et ce matin. Et il en reste. Je
reponds a cet afflux en disant : je ferai tous mes efforts pour que le
maximum de ce qui me parviendra, qui sera dans le sujet, et qui
n'offensera pas l'esprit d'*affectio societatis*, ni la simple raison
(*la raison depuis Freud*, bien entendu), soit diffuse dans *LQ* (mais
il faut savoir aussi que cela pourra etre serieusement abrege si besoin
est). - JAM
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DE L'EEP-DEVELOPPEMENT A L'ECOLE UNE

par Marie-Helene Brousse

L'EEP-Developpement n'est pas une Ecole ; c'est une Section de l'EEP qui
est delocalisee ; de petites communautes locales la constituent. Nous
avons donc du chercher des outils nouveaux pour mettre a profit et faire
travailler notre delocalisation. Nous croyons que certaines de nos
experiences peuvent etre mises a profit au sein de l'Ecole Une.

Tout d'abord, la passe.

L'EEP-DEV a soumis le probleme de la passe en anglais au Conseil de
l'AMP. Celui-ci y a repondu par la procedure des passeurs bilingues.
Prenant acte de la multiplicite des langues parlees au sein de ces
communautes de travail, cette procedure a rendu possible la passe pour
chacun, partout, la ou se trouve du transfert a la cause analytique.
C'est un outil majeur de penetration de la logique analytique dans
l'institution ; il permet d'arracher la transmission de la psychanalyse
a la cooptation par le groupe ; c'est un pousse-a-l'universel se fondant
sur le plus singulier.

A un autre niveau, nous pouvons donner en exemple la *Diagonale
anglophone*, sans bureaucratie, minimaliste, pensee pour vectorialiser
le travail des membres anglophones, qui sont repartis dans des lieux
differents et parfois tres eloignes, et qui communiquent essentiellement
par courrier electronique. Nous avons regulierement des Journees de
travail *in vivo*, avec des rencontres reelles. Nous esperons que cet
outil nous permettra de developper une clinique d'orientation lacanienne
en langue anglaise.

De meme, nous venons de creer la SEM, *Societe pour la recherche en
psychanalyse et sante mentale*, creee pour regrouper, autour d'une
publication et d'un theme de travail brulant, les francophones en
France, en Espagne, en Italie et dans toutes les communautes de
l'EEP-DEV. C'est un outil minimaliste quant a ses instances.

Au sein du groupe franco-armenien, ce sont les *cyber-conferences* qui,
chaque annee, regroupent des participants a Erevan, a Paris, a Bruxelles
et en Angleterre.

Enfin, l'experience du jumelage entre le London Circle et l'ACF-VLB a
montre comment une initiative de travail peut se deployer au-dela des
Ecoles, ici ECF-ACF et EEP-DEV.

A partir de ces modestes experiences, et en reponse a l'Allocution du
delegue general en janvier dernier, l'EEP-DEV propose quelques idees
destinees a la pratique de l'Ecole Une.

1 - Nous proposons a l'Ecole Une d'avoir l'esprit *Diagonale*. La notre
a un bureau de trois personnes et une liste d'inscrits par mail. Ce
principe pourrait s'etendre, et l'on peut imaginer de nouvelles
diagonales, thematiques, orientees vers des questions cliniques, des
questions d'actualite, des themes orientant notre champ a un moment
donne.

2 - Les CAL de l'ECF ont frappe le gong d'une nouvelle politique des
cartels. On peut s'en inspirer et creer un ElectroniCAL, devenant la
voie d'echange d'une Diagonale des cartels. Ce Courrier serait un outil
d'information, annoncerait la constitution de nouveaux cartels, l'etat
des travaux, les reflexions des plus-uns et permettrait d'organiser des
intel-cartels depassant les realites nationales.

3 - Un autre point commun entre l'AMP, l'Ecole Une et les autres Ecoles,
est la pratique de la Conversation, outil analytique contre les derives
du groupe. Pourquoi ne pas organiser des regroupements
translinguistiques ouverts, sans frontieres nationales ?

(Ce texte recueille les idees du Directoire de l'EEP-Developpement)
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MUTUALISME OU INDIVIDUALISME

par Jesus Santiago

As palavras proferidas, por J.A. Miller, sobre o mutualismo, durante a
ultima Assembleia Geral da EBP, no Rio de Janeiro, ressoaram provocando
questoes e indagaçoes com relaçao ao destino da Escola no Brasil.

E certo que elas visavam dissolver o proprio cerne do funcionamento
sintomatico do grupo analitico, manifesto no espirito excessivo de
solidariedade, entre seus membros, que faz prevalecer os efeitos da
homogeneidade grupal.

Conhece-se a inclinaçao que a EBP-Minas Gerais mantem pelo mutualismo e
o quanto foi capaz de estimula-lo no ambiente psicanalitico mais
abrangente da EBP. E inegavel que o mutualismo tem produzido seus frutos
entre nos, e o maior testemunho da consistencia desse trabalho nos foi
dada por um colega que, de passagem por ocasiao de uma de nossas
jornadas de trabalho, observava um clima de respeito mutuo entre tres
geraçoes, o que e um sinal da transferencia e, portanto, da presença do
elemento de transmissibilidade do saber analitico

Por outro lado, o que a elucidaçao critica e, ao mesmo tempo, aguda do
sintoma do mutualismo faz surgir, e uma questao que ja se formulava,
ainda que de forma incipiente, sobre a complexidade da concepçao do Um,
no funcionamenteo da Escola de Lacan.

E bastante claro que mesmo tendo passado a crise mais recente que se
abateu sobre a AMP, com repercussoes amplas e significativas na EBP, o
problema das relaçoes entre o Um e o Multiplo nao tardaria em ser
recolocado em termos, talvez, mais espinhosos de ser tratado, na medida
em que surgiria no seio de seus proprios membros e, nao, personificado
em alguem, ou, em um grupo, que poria em questao a existencia mesma da
Escola.

Pressinto que cada um, presente naquela Assembleia, deve ter se sentido
interrogado na medida em que nao sao poucos os que carregam, a sua
maneira, segundo seu proprio estilo, uma tal marca. No meu caso, por
exemplo, nao foi sem surpesa que, em um momento seguinte, minha
estupefaçao deu lugar a um certo alivio, quando pude perceber o alcance
de sua açao sobre o peso sufocante da tendencia a homogeneizaçao que,
visivelmente, suprime a emergencia, tao cara a psicanalise, do
inesperado, do imprevisivel, enfim, do novo. Vale dizer que minhas
primeiras impressoes daquela Assembleia, nao me impediram, que me
colocasse numa posiçao de elaboraçao acerca dos efeitos necessarios a
preservaçao do vigor do laço social que une uma comunidade animada, nao
pela sugestao, mas pelo pressuposto da transferencia, que torna a Escola
uma experiencia subjetiva suscetivel de ser psicanalizada. (J.A. Miller,
*La doctrine secrete de Lacan sur l'Ecole*, Politique lacanienne,
18/03/2000.)

Alias, tal intervençao assumiu, para mim, o valor de uma interpretaçao,
estando certo de que traduzia de forma viva o principio exposto na
*Declaraçao da Escola Una* de que a Escola de Lacan e permeavel ao
estatuto de uma experiencia subjetiva. Enfim, nao ha como desconhecer
que a interpretaçao do sintoma do *mutualismo* e uma decorrencia
imediata e necessaria da propria *Declaraçao da Escola Una*.

Portanto, que haja presença da tendencia ao mutualismo entre os membros
da EBP nao ha menor sombra de duvida. E por mais que nao se possa
esquecer a existencia do contexto brasileiro, no qual o dizer
interpretativo teve lugar, nao me parece que tal fenomeno possa se
circunscrever nas fronteiras do que tem sido o caso brasileiro de
transmissao da Orientaçao lacaniana. Muito ja se falou de uma suposta
imaturidade da EBP. Alias, nao e por acaso que quase sempre se brinca
com a homofonia entre *ebepe* e *ebebe*. Nao sou nada avesso a esse tipo
de associaçao, mesmo porque tudo indica que algo de precoce interveio no
processo de transformaçao desta comunidade analitica em Escola.

Deve-se levar em conta que a EBP nasce em um ambiente em que prevalecia
a logica dos grupos e dos lideres. Sabe-se que nao foi nada facil
atenuar a força dessa tendencia institucional e, na verdade, o
dispositivo de *Escola em formaçao* veio responder a essa necessidade
especifica da trajetoria brasileira de fundaçao da Escola. No caso da
EBP-Minas Gerais, tornou-se lugar comum afirmar que esta presença do
lider sempre ficou ofuscada visto que ninguem ocupava de forma visivel
esse lugar. Talvez, possa-se dizer que esse lugar ficara apenas velado,
mas, no fundo preenchido pela força marcante, entre nos, do mutualismo.
Apenas hoje, se pode postular que o mutualismo personificava a figura de
um lider que, no fundo, tambem, neutralizava a logica do um a um. No
mesmo sentido desta neutralizaçao, converge ainda a exacerbaçao do
fascinio pela excepcionalidade, principalmente, quando ela emerge de
fora do grupo analitico.

E verdade, tambem, que a interpretaçao do mutualismo surge no momento em
que se buscava eleger um representante da EBP para o Conselho da AMP, e
que nessas situaçoes assiste-se a tendencia dos membros de uma
comunidade analitica a se organizarem na forma de grupos. Mas, o que e
essencial e que um tal dizer atingiu o cerne da propria concepçao e
natureza do Um praticado, entre nos, cujo risco e a politica do *bloco
homogeno*, como recentemente, E. Laurent pode se referir, a saber :
*aquela de uma instituiçao na qual os responsaveis, qual seja as
instancias a que pertencem, se aliam, se coagulam, evitam toda
dialetica, para se apresentarem na pura positividade de uma gestao
administrativa e tecnica.* (E. Laurent, *L'IDR*, *LQ*, n° 9.)

E preciso, por outro lado, reconhecer que o aspecto do mutualismo
existente entre nos nao esgota tudo aquilo que constitui os impasses
atuais da EBP. Ao contrario, o mutualismo nao impediu que as diferenças
particulares de cada um sobre a propria concepçao do funcionamento da
Escola, no Brasil, existisse e, inclusive, quanto ao modo de se
enfrentar esse momento nada promissor.

E, a esse respeito, deve-se esclarecer que o chamado comite gestor nao
foi proposto como uma saida, um remedio para resolver a questao das
relaçoes entre o Um e o Multiplo na EBP. Longe disto, ele veio apenas
para criar um espaço diferenciado, provisorio de interlocuçao e gestao,
sem que para isto fosse necessario introduzir maiores alteraçoes nos
estatutos. Nao vejo, nele, nenhuma questao de principio quanto ao
entendimento do Um, tanto e que caso se queira dissolve-lo, sera
possivel faze-lo sem nenhum comprometimento do funcionamento atual da
Escola.

Por outro lado, parece-me insuficiente permanecer prisioneiro do mero
enunciado de que o mutualismo deve dar lugar a logica do um a um. Isto
e, certamente, verdade. Porem, como fazer valer tal logica num contexto
de conflito em que uma decisao de uma Assembleia Geral, como foi o caso
do passe bilingue, e muitas vezes interpretada de forma divergente e
oposta.

Nesse sentido, a inercia, o estancamento do trabalho emergem como um
reflexo imediato da dificuldade que se encontra, no ambiente atual da
Escola, em dialetizar as diferentes concepçoes sobre os diversos
aspectos que cada um sofre no ambito da experiencia subjetiva da Escola.
Isto implica que cada um possa colocar num patamar superior tais
diferenças perguntando-se e inventado sua propria soluçao de como seria
estar na Escola sem o mutualismo.

Por ultimo, e preciso ainda estar atento sobre algo que Miller, chamou
atençao, recentemente, a saber : que o caminho entre o mutualismo e o
individualismo e bastante estreito. Aparentemente, o individualismo se
opoe ao mutualismo, alias, o primeiro surge nesses dias em que o Outro
nao existe, como uma saida bastante sedutora para os analistas. Julgo
que a saida individualista corre sempre o risco de cair na impostura
presunçosa de que nao se recebe nada do Outro. E sabido que no limite
isto tende a canalhice.

A interpretaçao contundente sobre o momento atual da Orientaçao
lacaniana, incidindo sobre esta tensao entre o mutualismo e o
individualismo, constitui, assim, numa via possivel para fazer valer o
principio da articulaçao dialetica das diferenças no interior da Escola.
Se e verdade que a mecanica grupal do *nos* versus o *outro* acaba por
desafazer a logica dessas diferenças, por outro lado, e preciso
reconhecer que nao se desfaz do mutualismo num simples passe de magica.
Nao basta estar insatisfeito com o *nos* para que ele nao se reproduza
e, muito menos, e suficiente recusar a pratica coletiva e o trabalho em
nome da contribuiçao individual. Em outros termos, a resposta ao
mutualismo se aloja mais alem desse outro sintoma que e o
individualismo.

Trocar uma coisa pela outra apenas faria retornar ao mesmo lugar da
inercia e do estancamento do trabalho da Escola. Para que a logica do um
a um deixe de ser uma simples figura de retorica e preciso que cada um
se preste a pagar com sua pessoa, com suas palavras, buscando preservar
o lugar do imprevisivel no grupo. Se o mutualismo se encarrega de
aprisiona-lo e preciso ir no sentido contrario, ou seja, estar aberto a
surpresa, sobretudo, quando ela vem de um outro.
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PACTES SILENCIEUX OU CONVERSATION

par Hebe Tizio

La Seccion Clinica de Barcelona ha realizado su primera Conversacion
clinica. Para la Seccion Clinica ha sido algo nuevo. Cada anio, en ese
momento de balance que acompania todo fin de curso, estaba la pregunta
como introducir algo nuevo en la Seccion Clinica. Confusion entre lo
nuevo y las novedades. Lo nuevo introduce un corte, la novedad es un
significante tomado por el discurso de la moda, que refuerza la marcha
ordinaria de las cosas.
*
Quisiera introducir algunas reflexiones que he podido hacer sobre este
punto, en el marco de la *Declaracion de la Escuela Una*.

He podido aprender de la Escuela como experiencia subjetiva que en la
medida que el discurso sostiene las instituciones, lo nuevo implica
redistribuciones libidinales que son efecto de cambios discursivos. Y
aqui es necesario el consentimiento del sujeto, cada uno es la respuesta
que dice hasta donde acompania un proyecto que es una forma de intentar
cernir lo real.

Por eso tiene todo su interes el analisis de las respuestas. El texto de
Jacques-Alain Miller sobre el mutualismo es un instrumento
imprescindible para orientar la interpetacion pues me ha hecho reparar
sobre una modalidad de pacto que afecta a la conversacion.

He podido constatar que a veces se retira la escucha para dejar sin base
la enunciacion del otro y cortar de este modo la Conversacion que
siempre tiene efectos de sorpresa. Es mas, pueden existir pactos de
silencio o mejor dicho, pactos en silencio para hacer un punto de
capiton imaginario con la fuerza del grupo y dar por acabada la
conversacion. En realidad son pactos de goce para seguir durmiendo y si
se llega a cambiar algo es para que nada cambie.

Pero lo nuevo si es tal no se detiene, nada tiene que ver con la
cantidad que contabilizan los pactos electoralistas, los repartos del
poder vaciados de autoridad, la degradacion de la transferencia de
trabajo en demanda imperativa o la puerilizacion de la transmision.

Lacan ha hecho ensenianza de esto, y he podido seguir sus consecuencias
desde el 98 a la actualidad. Esto guarda relacion con lo que de mi
testimonio como AE todavia produce efectos, si habia puesto como titulo
*Ver eso de lo que se esta cautivo*, es porque sabia muy bien que
habitualmente no se ve eso de lo cual se esta cautivo porque de eso se
goza. La redistribucion libidinal se refiere a este punto.

La produccion de lo nuevo registra, a traves del efecto de sorpresa, que
se toca el nudo que sostiene la subjetividad.

Si el Instituto es nuestra defensa frente al discurso universitario,
tambien tiene su funcion en relacion al discurso del amo. Como escribe
Eric Laurent nuestra fuerza es contar sobre el discurso analitico, y las
garantias de la Escuela no estan hechas para satisfacer el discurso del
amo. Por eso no se trata de participar en los grupos de presion que
buscan consensos sobre la reglamentacion de las psicoterapias, se trata
de manifestar en acto que el psicoanalisis no es una psicoterapia.

Agrega que de lo que se trata es de no perder un instante en reforzar
nuestras Secciones Clinicas. En Barcelona ese proceso esta en marcha.

Lo nuevo es aqui relanzar la Conversacion. Ese es el refuerzo porque
revitaliza el deseo. Toca los riesgos del mutualismo de los docentes a
los que recuerda que sostener el sujeto supuesto saber no es
identificarse a el, sino dar pruebas concretas, producciones concretas,
de haber sido ensenyado. Abre el futuro a las nuevas generaciones porque
contruye su hoy sin petrificar la letra en sus dos variantes mas
frecuentes: el efecto de codigo o la puerilizacion introductoria.

Lo nuevo es un nuevo local para la Seccion Clinica de Barcelona. Sin
duda un lugar que es efecto de un cambio de discurso, en este caso por
efecto de la logica de la Escuela Una. Un cambio de estilo que conlleva
un usufructo de los bienes mas acorde con lo que conviene al
psicoanalisis, es decir, para abrir un lugar digno para sostener un
trabajo que no quiere *rendir las armas ante los impasses crecientes de
la civilizacion*.
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PRAJAPATI ET LA DISCRETION

par Alejandra Eidelberg

*Moraleja: no es discreto quien quiere.* (J.A. Miller en *Tormenta y
paloma*.)
 
En efecto, no es discreto quien quiere, sino quien puede.
 
¿J.A. Miller no puede ser discreto, ni aunque lo quiera? No, no puede,
pero en tanto encarna la funcion del mas-uno en la AMP, porque hay un
punto de imposible ahi. Tambien, como Lacan, es *Prajapati a pesar suyo*
y a veces sus Da Da Da se entienden demasiado, demasiado homogeneamente
y demasiado universalmente.

Lo mismo puede ocurrir con E. Laurent, G. Brodsky, E. Solano y algunos
otros. No es una cuestion de personas, sino del lugar funcional que
ocupan en la estructura. Basta que a veces digan Da para que estemos
inmediatamente dispuestos a otogarle pleno sentido y a identificarnos
con ese Da. No esta mal que asi sea si se trata de la AMP. Al contrario,
la funcion del mas-uno le es necesaria a su estructura.

Pero si nos embarcamos hacia la Escuela Una, la aventura es otra. Valdra
la pena correr los riesgos de una comunidad que no busque siempre la
homogeneidad bajo el ala protectora del dios Prajapati. Valdra la pena
que no le roguemos a esta supuesta divinidad que hable para poder
autorizar nuestras acciones en sus dichos y obtener asi su bendicion
final: *me habeis entendido*; muy bien, os felicito.
 
La aventura es otra en la Escuela Una porque lo que realmente perturba
no es tanto el trueno o la pipa, sino la posibilidad de que no lo sean.
 
La funcion del mas-uno siempre tranquiliza, aun cuando adquiera la
significacion de un Da Da Da atronador; no asi la funcion de lo extimo,
que puede tomar la forma de un Da Da Da que se deja oir por inaudible y
cuyo sentido se resiste a la semantica.

Tengo la impresion de que el texto *Tormenta y paloma* puede ser un
resto muy fecundo por su intranquilizante discrecion. Que efectivamente
lo sea para cada uno en la Escuela Una ya no depende de su autor.
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ACTES DE CANDIDATURE

1 - Beatriz Schlieper (EOL)

La Escuela Una es la Escuela que queremos, la que vemos gestarse paso a
paso, la que ha ido tomando forma en un proceso democratico en el que
uno por uno fue expresando sus ideas, donde hubo una participacion libre
y espontanea, donde cada uno ha puesto de manifiesto sus expectativas.
Donde todos desde esa posicion igualitaria fueron dejados ser, en
funcion del *affectio societatis* que subtiende los lazos entre sus
miembros. Se produjeron efectos sorprendentes al irse enhebrando
sutilmente las propuestas que fueron retomadas y respondidas por otros y
nuevamente relanzadas y reelaboradas formando el tejido de la Escuela
que queremos. Pero, tampoco hay que dormirse sobre los laureles, porque
sabemos que por estructura todo volvera a fosilizarse y que nuevamente
una proxima crisis requerira una reinterpretacion de los hechos.

Si apostamos a la Escuela Una es porque no queremos una institucion
identica a si misma que excluya lo diferente o lo novedoso, ya que esto
estaria en contra de lo que el pase implica.

Porque no queremos una institucion con sus instancias estandarizadas que
nos llevaria a lo peor, ni una Escuela de unos pocos desde donde se
segregue o se entronice, sino una Escuela que no desvirtue el espiritu
para el que fue creada.

Como enfrentar el huevo de la serpiente que anida en toda institucion?
Con una Escuela que sepa hacer con sus sintomas.

Una Escuela Una que sin perder el desarrollo y la precision que ha
logrado, pueda mantener esta modalidad de conversacion, sin sede, sin
estamentos, ni jerarquias, sin las astucias del poder, con un Comite
*Omega*, como el propuesto por Graciela Brosky, que taladre la
burocracia.

El espiritu que atraviesa la Escuela Una es la etica del psicoanalisis y
es por eso por lo que me siento convocada a participar presentando mi
candidatura al Comite de Accion como un ofrecimiento para descompletar
los lugares esperables y para que la Escuela Una no sea mas de lo mismo,
sino que este siempre en movimiento, siempre atenta y vigilante sabiendo
los riesgos que corre como institucion. Basicamente porque por eso
elegimos estar aqui, tomando en cuenta que como analistas de la
Orientacion lacaniana sostener esta etica es nuestro fin comun.

***

2 - Diana Paulozky (EOL)

Habiendo acompaniado desde distintos lugares la historia de la EOL y de
la AMP, renuevo hoy esa participacion con un Si entusiasta, que implica
mi deseo de trabajar en el Comite de Accion, apostando a esta nueva
forma que nuestra orientacion toma en tanto Escuela. Presento entonces
mi candidatura como compromiso efectivo de formar parte activamente de
esta apuesta.

***

3 - Fabian Abraham Naparstek (EOL)

El texto *Le Comite Omega* (*La Quotidienne*, n° 6, G. Brodsky) me ha
movido en el sentido que el escrito mismo lo propone. Antes de leerlo
tenia el *prejuicio* de figurarme que habia una cantidad de miembros en
cada escuela a los que yo suponia *candidatos naturales* al Comite de
Accion de la Escuela Una. El texto en cuestion viene a retomar el
problema del mutualismo, planteado por J.A. Miller, y su lectura me hizo
repensar *el comite que queremos para la EU* y fundamentalmente sobre el
asunto de los dispositivos o medios que nos damos para llevar adelante
este nuevo paso que supone la EU.

He encontrado que el termino dispositivo proviene del latin
*dispositus*, disponer, que significa lo que prepara. La expresion
disponer tiene, a su vez, en su etimologia al verbo decidir que proviene
del latin *disponere*. Creo que resaltar la etimologia de la palabra
dispositivo nos permite encontrar en sus origenes el verdadero valor que
le podemos dar en la Orientacion lacaniana. Asi mismo, el termino
dispositivo tiene la connotacion de mecanismo que se instrumenta para
contrarrestar una fuerza contraria. Disponer de dichos mecanismos no
solo supone que sean creados, sino que hay que tomar tambien la decision
de utilizarlos en la justa orientacion, en la direccion apropiada. En
este sentido J.A. Miller indica que la EU es *una experiencia y no
podemos anticipar sus resultados. La logica no alcanza para ello,
tambien es necesaria la osadia* (*Diez preguntas a J.A. Miller*). Por
otro lado la verificacion de su funcionamiento debiera referirse a que
el mismo mecanismo no se transforme en una *fuerza natural*, es decir
que acompanie ahora a la fuerza que otrora era su contraria. Ya en las
conversaciones realizadas en la EOL he manifestado mi opinion de como la
EU toma del dispositivo del cartel parte de su logica y funcionamiento.
Finalmente entiendo que en cada uno anida una *fuerza natural* que lleva
a la burocracia dormitiva, que en esta ocasion y en mi caso estaba
sostenida por el prejuicio antes mencionado. Alertado de esto ultimo
pude reconocer, en mi, el deseo de proponerme como candidato al Comite
de Accion de la EU. Por tanto, ademas de dar mi apoyo a la EU, propongo
mi candidatura a su Comite de Accion.

***

4 - Osvaldo Delgado (EOL)

Presento mi candidatura para integrar el Comite de Accion de la Escuela
Una, comprometiendo mi esfuerzo, para colaborar en hacerla posible.
Implica mi decision de asumir en este momento historico para el
Psicoanalisis, la responsabilidad que me corresponde, a partir de las
siguientes consideraciones:

Es mi posicion, que el nucleo mismo de la Escuela Una, es nombrado en
los puntos 6 y 7 de *Las disposiciones adjuntas a la Declaracion*, en el
Dossier: La EOL hacia la Escuela Una.

La disolucion automatica cada dos anos, y su refundacion sujeta a
votacion, a partir de la Gran Conversacion, que a su vez orienta el
trabajo del periodo siguiente.

De este modo, el concepto *abduccio* de Hintikka, que J.A. Miller toma
en el Seminario de Investigacion *Introduccion al Post-Analitico*, para
abordar el mas alla del Pase, es puesto en acto en la tyche de la
Disolucion -Refundacion, en el lazo entre analistas.

Ya no se trata solo del peligro del triunfo de la religion, sino del
estatuto etico de la Conversacion en la epoca del Otro que no existe,
epoca donde el partenaire del Psicoanalisis es la Ciencia.

Se trata, segun mi punto de vista, de la realizacion del significante
*cartel generalizado*, como tratamiento de la tendencia homeostatica del
Principio del Placer en el lazo social, con la introduccion del Mas
Alla, en su estatuto de *despertar anti-mutualista*.

La Escuela Una, es la Escuela de Lacan, a la altura de la subjetividad
de la epoca, que recoge a su vez la transferencia de trabajo de 20 anos
y sus efectos (Las Escuelas, el Pase, la AMP).

En Barcelona 98, se produjo un nuevo *A CIELO ABIERTO*, en julio del
2000, inscribimos sus consecuencias.

***

5 - Rosa Edith Yurevich de Fernandez (EOL)

Hace dos anos llegabamos al punto culmine de una crisis. Corria el ano
1998 y Barcelona pasaba a constituir para muchos, un punto de capiton.

Hace dos anos y como resultado de dicha crisis, un significante nuevo
surgia en el horizonte, la Escuela Una, con un estatuto de formacion del
inconsciente, algo que estaba desde siempre, es dicho. Tuvo el valor de
una interpretacion. Un S1 se recorta.

A partir de ese instante de ver, se abrio el tiempo de comprender. Se
producen los S2.

El 22 de enero de 2000, en su alocucion al Consejo de la AMP, el DG,
senalaba el momento de concluir. La Escuela Una era ya un hecho. La
Declaracion de la EU iniciaba un viaje desde la EOL hacia el mundo.

El 14 de julio de 2000, votaremos dicha Declaracion cada uno de los alli
presentes.

Tambien y conjuntamente, nace una nueva instancia , el Comite de Accion.
Lugar a habitar e inventar, pasaje del *Wunsh* a la *Wirklichkeit*,
realidad efectiva.

JAM dice en su *Intervencion sobre el mutualismo*: *La evaluacion
depende de un deseo. privilegiar tal aspecto o tal otro, es relativo a
un deseo.* Hasta ahora es lo sabido, es mi deseo avanzar sobre lo
no-sabido aun.

Presento, entonces, mi candidatura para conformar dicho Comite de
Accion.
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NOUVELLES

*Le florilege*

Les editions en français et en espagnol sont parues. La premiere etait a
la charge de Patricia Johansson-Rosen (Paris), la seconde a celle de
Maria Ines Negri, avec Marina Recalde (Buenos Aires). C'est la premiere
publication clinique a porter le nom *Ecole Une*.

***

*Lettre*

Marco Mauas nos escribe dos nuevas cartas (19 de Junio):

Continuo una breve reflexion sobre la ultima linea de mi carta anterior.
Decia en esta linea que Jacques-Alain Miller nos ha llamado la atencion
acerca de la Conversacion, y al mismo tiempo la ha puesto en cierta
tension con la *Asamblea*. Decia que esta es una pareja que me parece
hija de nuestro tiempo. Una noticia aparecida hoy en el *New York Times*
puede servir de point de capitonne para este recorrido.

En breve, se trata de una batalla ideologica entre el Gral Leslie Groves
y el fisico Robert Oppenheimer, que tuvo lugar en los tiempos de la
construccion de la bomba atomica durante la segunda guerra mundial.
Groves era partidario de vestir de uniforme militar a los cientificos, y
de prohibirles hablar entre ellos acerca de su trabajo. Oppenheimer
(Oppie, como lo llamaban sus colegas del proyecto Manhattan) se opuso a
esto, y gano. *Los cientificos trabajan conversando, no guardando
secretos.* Hoy es entonces recordado Oppenheimer en el NYT como *un
cientifico que comprendio las virtudes de la conversacion*.

Lacan lo senialo en el primer capitulo de su seminario *Los Cuatro
Conceptos Fundamentales del Psicoanalisis*, el que fue titulado por
Jacques-Alain Miller *L'Excommunication* (Kherem). *Il faut vraiement
des crises pour que M. Oppenheimer nous interroge tous sur ce qu'il en
est du desir qui est au fond de la physique moderne. Personne d'ailleurs
n'y fait attention. On croit que c'est un incident politique.*

La Conversacion no es, tampoco, un incidente politico. Es un modo
(modus) de la exposicion de saber.

***

*Seconde lettre*

Querido JAM:
Ud me ha convencido. Me acorde de un cuento de Woody Allen, en el que
dos jugadores de ajedrez, que juegan por correspondencia, va cada uno de
ellos anunciandole a su contrincante como le ha comido tal y cual pieza
fundamental, hasta que llegan a un punto en el que cada uno le anuncia a
su adversario que le ha dado jaque mate. Evidentemente, se trata en este
caso de un *auto-jaque-mate*, y hay algo de la presencia que permite esa
interseccion del *auto jaque* con el *hetero jaque*. Que es este algo?
Lo llamamos presencia.
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LA QUOTIDIENNE Lettre d'information de l'AMP publiee a Paris
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Adresser les textes de la maniere suivante :
objet : LQ (suivi du titre)
adresse : jam@easynet.fr
textes attaches en RTF uniquement
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Responsable de la publication : le delegue general
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